Alone in the Dark - Um remake que falha, mas diverte!

                    Alone int the dark é reconhecido como um dos pais do survival horror, tendo em vista que ele estabeleceu moldes e estruturas de gameplay, que acabaram sendo incorporadas em clássicos que o sucederam, como a aclamada franquia Resident Evil. Alone in the dark foi inicialmente lançado em 1992, um jogo desenvolvido pela infogrames, sendo Frédérick Raynal seu diretor, o jogo contava com uma perspectiva vista um pouco de cima do personagem, uma câmera fixa que que mudava de acordo com o ambiente no qual o personagem se encontrava.
Alone in the dark, 1992.
                                  
        Tipo de câmera essa que foi adotada pelos 3 games iniciais da franquia Resident Evil, já citada acima.
Residen Evil, 1996.
              

             Pois bem, dado o contexto, vamos para 20 de março de 2024, quando o esperado remake de alone é lançado, uma reimaginação do primeiro jogo da franquia, estrelado por David Harbor como Edward Carnby, o investigador contratado pela outra personagem principal e jogável Emily Hartwood (Jodie Comer), A fim de descobrir o paradeiro de seu tio Jeremy Hartwood, que reside na mansão Derceto, e agora encontra-se desaparecido.
Emily Hartwood (à esquerda) e Edward Carnby (à direita), são os protagonistas de alone in the dark.

            No início de gameplay temos nossa primeira escolha, jogar com Edward ou Emily, A campanha de ambos é muito similar, mudando alguns pontos de interação e puzzles, e certas sequências de acontecimentos, A história do jogo começa com a chegada de emily e Edward na mansão, no caminho, Emily detalha que jeremy sofre da maldição de sua familia, da qual os membros que sofrem dessa condição acabam por enlouquecer, pouco se é comentado sobre tal maldição, assim que emily menciona seus pais poucas vezes durante o gameplay, então não temos como ter uma noção de quem já sofreu deste mal em sua familia. Ao chegar na mansão esta se encontra fechada, então com seu personagem de escolha, você vai adentrar a mansão pela lateral, passando pelos cômodos até chegar na sala principal, desbloqueando a porta para o outro personagem que se encontra do lado de fora, entrar.

A história começa bem, mas, poderia ter um encerramento melhor.

                                               História 7.5/10 ⭐⭐⭐⭐✰

            A história toma de base o jogo de 92, porém com alterações pontuais em certos aspectos da trama, como o motivo da ida de Emily para a mansão, já que no game antigo, seu tio teria tirado sua própria vida e deixado cartas para sua sobrinha, e no game atual, ele está desaparecido e o principal objetivo é descobrir o seu paradeiro. Ela começa interessante, é inegável que ela instiga a curiosidade do jogador, apresentando personagens no mínimo intrigantes, porém, no desenrolar da história, ela acaba perdendo um pouco do brilho, alguns mistérios, como o do doutor que parecia esconder algo mais grandioso, acabam sendo escanteados e dão lugar a um culto que sim, se você leu os documentos, já estava ciente da existência, mas não é nada chocante ou grandioso, deixando mais perguntas, como mais informações sobre a menina grace, que é pouco explicado. Sendo assim uma história que tem um bom inicio, mas um fim que se mostra aquém do esperado, com um boss final um tanto quanto, decepcionante.

A gameplay básica peca, mas não se torna um problema.


                                          Gameplay 7/10 ⭐⭐⭐✰✰

                 Aqui entra a parte mais fraca do game, porém devo confessar que, apesar de achar um combate muito simples, com pouca variação, não foi algo que me incomodou, mas sim, é impossível negar que faltou criatividade dos desenvolvedores nessa parte, Há pouca variedade de armas. O jogador conta também com uma esquiva, que funciona porém é travada e robótica.

 corpo a corpo temos pedaços de canos, pedaços de madeiras, machados, remos e picaretas, porém, todos com praticamente o mesmo movie set, ou seja, não há variação no modo de ataque do personagem  de acordo com a arma que ele empunha, fora a durabilidade delas, que quebram com o mesmo tanto de porradas, o que não faz sentido, vide que um cano de metal com certeza aguentaria mais do que um pedaço de madeira improvisado.

Armas de fogo temos 3 tipos contando com uma variação da pistola que é desbloqueada perto do final, sendo elas uma pistola, uma espingarda e uma submetralhadora.

     


                                                    Inimigos ⭐⭐✰✰✰ 6/10

                A variedade de inimigos peca, pois passamos o game inteiro matando os mesmo inimigos em diferentes localidades, fazendo um paralelo, em Resident evil 7 temos os mofos, contando com algumas variações, porém, ainda mofos, e se tivessemos só eles, o game também teria que receber críticas sobre esse aspecto, mas, lá temos chefes únicos, com a familia baker sendo os grandes inimigos, já em alone, não temos chefes além do chefe final, algo que empobrece em muito a sensação do jogador de variedade, nisso o jogo peca e infelizmente deixa a desejar.


Um ponto muito positivo desse game, são seus puzzles divertidos

                                                     PUZZLES ⭐⭐⭐⭐✰

                    Aqui não temos a reinvenção da roda, porém é possível ver que foi a parte mais bem trabalhada do jogo, os puzzles são bem elaborados, alguns relativamente fáceis e outros complicados, como o do raio-x, de fato, uma parte bem divertida para quem gosta de colocar a cabeça para funcionar.





                                   Alone in the dark ⭐⭐⭐✰✰ 7/10

            Alone in the dark é um remake de uma franquia que merecia mais, por toda sua contribuição no mundo dos jogos, e devido sua influência nas demais obras do genêro que vieram a seguir, mas ainda assim é um jogo que diverte, contando com 6 horas de gameplay para cada campanha aproximadamente, é um jogo curto, divertido, que falha em alguns aspectos, mas acerta na diversão, não é um jogo que vale o preço cheio, mas, em uma promoção é mais do que recomendado.

Postar um comentário

0 Comentários